Sabemos que cerca de 80% dos resultados das empresas é pelo trabalho da Liderança (na arte de inspirar, mobilizar e engajar os Talentos da Organização que, de fato, fazem a coisa acontecer) e 20% da Gestão (que acompanha a execução dos processos, oportunizando a eficiência). Cabe a liderança o desafio de estimular a mudança, propor alternativas viáveis, auxiliar as equipes de trabalho a superar as barreiras e resistências, e aos gestores implementar os processos. Para isso, é comum o RH ou gestores buscarem alternativas para “ensinar” as pessoas o que fazer e como fazer. Como se houvesse uma “receita” aplicável a todos os casos. Contudo, o maior desafio da liderança, em um mundo de mudanças disruptivas, velozes e contínuas não é ensinar para que todos se adaptem, e sim estimular a aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades de forma mais rápida e eficaz.
Quando o líder deixa de "ensinar" para estimular o outro a aprender a aprender e buscar, continuamente, soluções viáveis para os desafios do cotidiano, eleva-se o valor do capital humano e social da empresa, impactando diretamente na qualidade das relações e resultados. Como fazer isso? Uma postura de “líder Coach” pode ser eficaz, pois estimula reflexão, aprendizagem, empoderamento pessoal, desenvolvimento e mais mudanças sustentáveis.
Além disso é importante: (1) aprender a criar um ambiente capaz de “abraçar” a mudança como uma oportunidade e não como uma ameaça (Bennis, 1998); (2) a empresa se preparar para criar um ambiente favorável à sustentabilidade das mudanças, caso contrário, as possibilidades de triunfar são mínimas; e (3) entender as forças que dão impulsão para a empresa, como dinamizá-las e tratar das causas que geram resistências e bloqueios.
Além da sustentabilidade das mudanças é fundamental pensar na Sustentabilidade da Liderança. Segundo Ulrich e Smallwood (2014), a sustentabilidade da liderança “começa pelo reconhecimento de que o que importa é o impacto das ações do líder sobre os outros – não naquilo que faz ou pretende fazer (...) tem de expressar não apenas pelas intenções pessoais, mas também pelo comportamento observável. (...) A sustentabilidade da liderança acontece quando os líderes assumem a responsabilidade pessoal por fazer aquilo que dizem que vão fazer, com resultados vantajosos. Para isso:
Considera o impacto sobre todos os indivíduos afetados pelas ações de um líder;
Zela pelos recursos da organização e melhoria da produtividade;
Reage assumindo a responsabilidade pessoal de fazer o que é prometido;
Assume um compromisso permanente e duradouro com a mudança pessoal.
Nesta perspectiva, algumas perguntas “estilo coaching executivo” podem contribuir significativamente:
Como a minha forma de ser, pensar e agir pode estar influenciando a mim, a equipe e a empresa como um todo?
Como podemos fazer melhor, de forma simples, rápida e econômica?
O que eu fiz ou deixei de fazer para obter este resultado?
Que comportamentos meus são importantes para servir de inspiração?
Que fatores podem influenciar positiva e negativamente a permanência das iniciativas de mudanças?
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